Enquanto uns fogem da raia e se limitam aos seus afazeres comuns – encarando o trabalho como uma necessidade sem atrativos na sua vida – outros se empenham nas atividades diárias com grande empolgação e vitalidade. Até mesmo se dispõem a estar sempre além de suas atividades regulares, procurando ajudar os colegas próximos.
As pessoas, infelizmente, se dividem em dois grupos, às vezes não muito perceptíveis a olhos destreinados: os que cumprem somente as funções que são delegadas para si e cumprem seus prazos de acordo com os compromissos institucionais a que se propuseram, e aquelas que, além de suas funções normais, adoram colaborar com vários projetos simultâneos, agregando o máximo de atividades.
Encaro hoje esses fatores como sendo grandes causadores do principal problema da Geração Y, e principal motim que move muitas organizações a não verem com bons olhos o crescimento de carreira rápido de funcionários jovens: o acúmulo de tarefas. Esse conhecido funcionário, que vai agregando funções para si mesmo de um jeito quase descontrolado, é, na maioria dos casos, muito jovem. Um comportamento típico de quem faz muita coisa, mas não termina nada.
Devemos nos atentar para isso. Se você gosta de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, se sente bem em ser útil e amplamente necessário no dia a dia, e acredita na evolução profissional através desse modo de trabalhar, não há nada de errado. O problema é quando isso começa a atrapalhar a conclusão das suas atividades sem que você perceba. Além de identificar esse comportamento desastroso em nós mesmos, é bom ir além e detectar isso em algum colega – porque é muito provável que ele não se dê conta de que está se prejudicando.
O acúmulo de tarefas gera estresse físico, nos torna emocionalmente dependentes do trabalho e coloca em risco nosso emprego, justamente por gerar uma tendência a não finalizarmos o que começamos. De que adianta iniciar mil ideias, participar de mil projetos, se não iremos até o final com nenhum? Cuide de si mesmo, da sua carreira e da sua saúde. Se envolva em atividades fora do trabalho, deixe que o mundo dependa de você, e não só a organização onde trabalha. E se a necessidade em se envolver em muitas coisas for realmente grande, é bom procurar ajuda profissional. Conversar com um psicólogo e tentar entender porque fazemos isso é sempre um bônus para melhorar nossa rotina e o relacionamento com nós mesmos.
Autora: Vanessa Guedes é Desenvolvedora web, possui experiência com Gerenciamento de Projetos. Atualmente é graduanda em Física e tem como foco principal a melhoria na carreira de desenvolvedora web. Faz parte do Minha Carreira desde Maio de 2010.
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