Uma pesquisa feita pela ManpowerGroup revela que 57% dos empregadores brasileiros encontram obstáculos na hora de preencher funções e posições críticas dentro de suas organizações. Entre os postos com maior escassez de talentos, estão, por exemplo, técnicos em produção, operações, engenharia e manutenção, seguidos por engenheiros e motoristas (veja quadro abaixo).
No Rio Grande do Sul, há pelo menos 2.112 oportunidades de emprego difíceis de ser preenchidas. Levantamento feito pelo caderno de Empregos & Oportunidades com agências de recrutamento gaúchas mostra que, além dos cargos apontados na pesquisa nacional, há outros postos à espera de profissionais (veja quadro na página ao lado). São vagas que permanecem abertas por vários meses.
Os técnicos, em todas as áreas, encabeçam a lista por diversas razões, explica Júlio Xandro Heck, vice-diretor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS).
– Principalmente pelo fato de o aluno formado em um curso técnico ser focado no saber prático e ser capaz de trazer resultados mais rápidos e mais concretos para as empresas. Além disso, há um maior dinamismo nos currículos – diz Heck.
Na agência gaúcha Performance, as vagas de tecnologia da informação, por exemplo, carecem de candidatos, afirma Gustavo Kluwe Saudade, da área de recrutamento e seleção da empresa. Neusa Schardosim, diretora da Severas, diz que não consegue encontrar profissionais para as vagas de supervisor de merchandising e recrutador.
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